04 ago

A nova tecnologia ADVA combina dois lasers em um único aparelho e é indicada para 25 tratamentos protocolados e aprovados por órgãos de vigilância nacionais e internacionais, como Anvisa e FDA/CE.

Pele sensível, geralmente mais seca, com ardor, queimação e rubor principalmente no centro do rosto (bochechas e nariz): estes são alguns dos principais sintomas da rosácea, doença cutânea inflamatória que acomete aproximadamente 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo. A condição — que à primeira vista pode parecer simples — tem como consequência, ainda sequelas psicológicas severas. É o que mostra um estudo publicado no Journal of Affective Disorders, que evidencia uma predisposição dos pacientes ao desenvolvimento de ansiedade e depressão.

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Outra pesquisa, do British Journal of Dermatology, aponta que o mesmo vale para pessoas com acne: a probabilidade de que cheguem a um quadro do tipo é 63% maior se comparada à de indivíduos que não possuem o problema de pele. Tratar essas condições que afetam simultaneamente a saúde do corpo e da mente é a premissa da criação do ADVA, considerado o primeiro laser 2 em 1 graças a seus dois comprimentos de onda — 589 nm, padrão utilizado para anormalidades vasculares, e 1319 nm, referência no rejuvenescimento não ablativo (sem remoção da superfície da derme).

Um único aparelho consegue tratar simultaneamente rosácea, acne inflamatória, vasos, melasma, cicatrizes, quelóides e estrias, além de atuar em linhas finas, poros dilatados e na melhora da textura da cútis. “Quando a pessoa está insatisfeita com algum aspecto de sua aparência, seja por uma mancha, seja por uma cicatriz ou pela qualidade da pele, isso afeta diretamente em sua autoconfiança e em seus relacionamentos. Os procedimentos realizados com o ADVA vêm para controlar e melhorar estas características que incomodam. É gratificante quando o paciente vê o resultado e se reconhece, o que está muito mais ligado a uma satisfação pessoal do que a padrões de beleza”, afirma a dermatologista Taiz Campbell (CRM-SP 136527), de São Paulo.

 

Variedade e rapidez

A aplicação da técnica para uma extensa gama de condições (ao todo são 25 tratamentos protocolados e aprovados pelos órgãos de vigilância nacionais e internacionais, como Anvisa e FDA/CE), a médica explica que o segredo está na alta efetividade garantida por uma característica exclusiva. “O laser conta com um feixe de luz amarelo de alta potência, padrão de entrega de energia que pode ser adaptado para todos os tons de pele. Tudo isso de forma pontual e mais direcionada ao alvo, o que não causa trauma nos tecidos proximais”, detalha. “O ADVA pode ser usado em todos os seis fototipos da escala de Fitzpatrick, desde a pele clara que não bronzeia e só fica vermelha até a preta que bronzeia e não ruboriza. Isso torna o laser muito seguro, principalmente no Brasil, onde há uma grande diversidade”, acrescenta a também dermatologista Camila Oliari (CRM-SP 183.869), cofundadora da Renoà Dermatologia, localizada na capital paulista.

Além de contribuir para uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes, a novidade serve ainda como uma poderosa ferramenta nos tratamentos de rejuvenescimento. “Principalmente após a pandemia e com a tendência de home office, o paciente acaba se olhando o tempo todo na câmera e trazendo queixas que antes não notava. Em geral, a maioria deles busca cada vez mais por naturalidade, desejando menos a realização de preenchedores injetáveis e procurando mais por tecnologias [como o ADVA]”, ressalta.

O dispositivo também atua de maneira célere, segundo o especialista Fernando Macedo (CRM-SP 80140). “Os efeitos a curto prazo são muito percebidos nas lesões inflamatórias, como rosácea, acne, alguns eczemas e psoríase. Isso porque em poucos dias já se vê uma diferença muito grande na vermelhidão e eventualmente até nos sintomas. Entre uma e duas semanas também é possível perceber a ação do colágeno na aparência da pele em relação à textura, aos poros e no controle de aspectos do envelhecimento” Já a médio e longo prazo os resultados se tornam ainda mais evidentes, conta: “Depois de aproximadamente três sessões, há uma diminuição da pigmentação das manchas, como o melasma, e uma melhora geral da qualidade da pele.”

 

Contraindicações e duração

As sessões possuem curta duração, explica o médico: “A aplicação com os dois comprimentos de onda leva cerca de 20 a 30 minutos para o tratamento da face e, dependendo da indicação, as subsequentes devem ser realizadas depois de duas e seis semanas.” Em relação à dor, o dermatologista Ricardo Avila (CRM-SP 170.444), outro nome à frente da Renoà Dermatologia, destaca que, em comparação com outros lasers, ADVA não é um tratamento doloroso. “Quando aplicado pontualmente em vasos ou lesões inflamatórias, pode apresentar dor pontual de intensidade moderada, mas com rápida melhora. Já em superfícies maiores, com o objetivo de acúmulo de energia para tratar inflamação ou promover o rejuvenescimento, há uma discreta dor e incômodo”, resume.

Sobre os cuidados antes e depois da aplicação, ele afirma que não há nada específico: “Costumo recomendar apenas proteção solar. Para o pós-laser, sempre indico também hidratação.” Além disso, ADVA é apenas contraindicado para mulheres gestantes e para quadros de má-formação arterial. “Ele permite toda essa transformação sendo um laser assertivo e de altíssima qualidade”, conclui Taiz Campbell.

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